Vale (VALE3) investe em projetos de baixo carbono no Brasil, EUA e Oriente Médio; veja os detalhes

Os complexos da mineradora reúnem energia barata para originar aço com menor emissão de carbono

Fonte: Estadão

Vale (VALE3) investe em projetos de baixo carbono no Brasil, EUA e Oriente Médio; veja os detalhes
Fachada da Vale (VALE3). Foto: Fabio Motta/Estadão

Vale (VALE3) espera avançar nos próximos seis meses ou um ano com novos projetos do que vem chamando de “Mega Hubs”. Segundo a diretora de Energia e Descarbonização da companhia, Ludmilla Nascimento, são analisadas áreas no BrasilEstados Unidos e Oriente Médio – que já conta com três projetos desse tipo, anunciados para Omã, Arábia Saudita e Emirados Árabes.

“A gente tem mais de 50 MOUs (memorandos de entendimento) assinados com clientes. Então, a gente imagina que esses projetos vão avançar nos próximos seis meses a um ano”. Segundo a executiva da empresa, alguns desses clientes já estão nas três regiões analisadas, o que facilitaria a escolha. Ela falou a jornalistas no Fórum Brasil – União Europeia, que aconteceu na terça (23) e nesta quarta-feira (24) no Rio.

Os Mega Hubs são complexos que reúnem oferta de energia barata para que siderúrgicas clientes da mineradora fabriquem HBI (ferro-esponja) e outros insumos metálicos que, misturados à sucata em fornos elétricos, originam aço com menor emissão de carbono. No mesmo espaço, diz a executiva, a Vale estuda “colocalizar” uma unidade de transformação de minério em briquete, insumo à fabricação do HBI.

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Enquanto no Oriente Médio as operações anunciadas serão inicialmente movidas a gás natural, Nascimento diz que o diferencial do Brasil para a realização do investimento, além do minério “na porta”, é a possibilidade de utilização de hidrogênio verde, ligada à oferta de energia renovável a preços competitivos.

“O Brasil não vai começar com gás natural. Aqui a gente vai começar com hidrogênio. Temos essa possibilidade pela competitividade da energia no País. A ideia é justamente criar esses hubs para produzir esse produto de baixo ou quase zero carbono e exportar como um adensamento. Vamos exportar, entre aspas, energia via produto”, disse a diretora da companhia.

No Oriente Médio, diz, há a facilidade de momento da abundância de gás natural, mas também um bom potencial de geração eólica e fotovoltaica à frente. Já os EUA, além do bom potencial em geração renovável, há o atrativo dos incentivos dados pelo governo.

Veja outros detalhes sobre o investimento da Vale

Emissões a zero

A executiva explica que a siderurgia tradicional usa minério de ferro e coque (carvão), com alto grau de emissão de carbono, um processo em que, para cada tonelada de aço produzida, são emitidas duas toneladas de CO2 na atmosfera.

“Quando você vai para a rota elétrica, isso cai para uma proporção de uma tonelada de aço para 1 tonelada de CO2 se é usado gás natural, e para zero se é utilizado hidrogênio”, diz. “Isso ajuda, de fato, a descarbonizar a indústria siderúrgica”.

Oriente Médio

Sobre os três projetos localizados no Oriente Médio, Nascimento disse que há clientes interessados e terreno alocado para a mineradora.

“Estamos na fase de fazer as engenharias para aprovar e implementar. Estudando, finalizando os cases de investimento com clientes para que façam as aprovações e, depois, investimentos para começar a construção nos próximos anos”, afirma a executiva sobre a Vale.

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*Com informações do Broadcast

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