ABIHV reforça papel estratégico do hidrogênio verde na COP 30


A Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV) tem participado ativamente da COP30, em Belém, reforçando a importância do hidrogênio verde na transição energética global e no fortalecimento da nova economia de baixo carbono.

Em um ano que marca o décimo aniversário do Acordo de Paris, a mensagem central da conferência é clara: é hora de acelerar a implementação dos compromissos climáticos e restaurar a confiança no multilateralismo. Para Fernanda Delgado, CEO da ABIHV, o desafio é conectar as metas globais às vidas das pessoas.

Na terça-feira (11/11), a ABIHV participou de seu primeiro painel oficial, ao lado da Embaixada da Finlândia, do Hydrogen Hub e do Cluster Finlandês, debatendo os projetos brasileiros que devem atingir a decisão final de investimento (FID) em 2026. “Estamos avançando para iniciar a produção de amônia, metanol, fertilizantes e hidrogênio verde a partir de 2029”, afirmou Fernanda Delgado.

Segundo a CEO, o Brasil ocupa posição privilegiada na corrida pela descarbonização, com uma matriz energética limpa, recursos naturais abundantes e experiência consolidada em energia renovável. “Estamos falando de um combustível que será chave para o funcionamento de data centers, redes 5G e aplicações de inteligência artificial, uma energia limpa para uma economia inteligente”, destacou.

Ela também ressaltou o amadurecimento do ecossistema nacional de financiamento para projetos de hidrogênio verde, com instrumentos que atendem diferentes fases de desenvolvimento tecnológico de FINEP e EMBRAPII, para inovação e pequenos projetos, até REHIDRO e PHBC para grandes empreendimentos e infraestrutura.

Para Fernanda, o hidrogênio verde é mais que um vetor de descarbonização: é também um catalisador de desenvolvimento social e econômico. “O hidrogênio verde não é apenas um vetor de exportação, mas também uma oportunidade para reindustrializar o Brasil e promover desenvolvimento em todas as regiões do país”, reforçou.

O Brasil, segundo a ABIHV, consolida-se como parceiro confiável e estratégico no mercado global, fortalecendo o diálogo com a Europa e os países nórdicos em certificação conjunta, integração de cadeias e inovação tecnológica. “O caminho é de cooperação, não de competição. O hidrogênio verde é um projeto de convergência global”, acrescentou.

A CEO da ABIHV concluiu destacando o papel dos territórios e comunidades locais na ação climática. “Toda a programação reforça que a ação climática começa no nível local e destaca o papel de governos subnacionais, cidades e comunidades. É o que sempre defendemos na ABIHV, a importância de trazer a sociedade para o centro do debate climático”, arrematou.